O médico e suas representações no sistema de saúde suplementar

O Dr. Cid Carvalhaes Discorreu sobre o histórico da participação das organizações classistas médicas nas discussões do setor da saúde suplementar, a relação com a Agência Nacional de Saúde e a participação das entidades em grupos de trabalho da Agência, a contratualização e outras reivindicações das entidades e os ganhos obtidos desde o início da mobilização dos médicos.

O sindicalista abriu sua fala dizendo que o médico não pode fugir aos paradigmas e princípios éticos que definem a atividade médica. Daí estabeleceu uma cronologia do “mercado de saúde”, que começou a ser fortalecido na década de 1970, dentro de uma proposta de fortalecimento do capital privado, até a criação da agência reguladora (a ANS), que teve 44 Medidas Provisórias alterando dispositivos de seu funcionamento apenas nos primeiros 18 meses de sua existência. Diante das deficiências na regulação, Carvalhaes não poupa críticas. “O sistema suplementar comercializa doenças, tenta precarizar o médico e é predatório. É necessário um novo marco regulatório para o setor”, afirmou. Esse marco, afirma, depende de acordo com o sistema de defesa da concorrência para ser estabelecido e está sendo encaminhado

O presidente da Fenam realça que há um longo caminho para que os médicos sejam plenamente contemplados pela equidade na saúde suplementar. Mas houve grandes avanços obtidos com as mobilizações. Um exemplo disso é o valor pago pelas consultas médicas: no início das manifestações nacionais a média era de R$ 22 e dobrou desde então.


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