A Dra. Ligia Bahia se propôs a dimensionar e caracterizar as coberturas por planos e seguros de saúde; caracterizar e dimensionar os recursos físicos, humanos e financeiros privados no sistema de saúde brasileiro, apresentar um panorama do mercado de planos e seguros de saúde no Brasil e da legislação regulamentadora, e apresentar parte dos fundamentos da reforma do sistema de saúde dos EUA para refletir sobre as singularidades do Sistema de Saúde Brasileiro.
A pesquisadora destacou que a modalidade medicina de grupo continua dominando o mercado de saúde suplementar, com 38% do total dos contratos; seguidas pelas cooperativas (28,6%); pela autogestão (15,8%); e pelas seguradoras (13,3%). “Duas empresas de grande porte são responsáveis por 10,4% dos contratos”, mostrou. Segundo ela, o Brasil é o segundo mercado mundial de planos de saúde, com uma estimativa de que chegue a englobar 60% da população.
Ligia tratou da dicotomia entre saúde pública e privada, do deslocamento do status do hospital público: hoje os particulares são vistos como centros de excelência e os públicos têm dificuldade na incorporação de tecnologia. No que tange a reconfiguração empresarial pela abertura de capital pelos planos por meio da bolsa de valores, a pesquisadora demonstrou que para lucros astronômicos como os obtidos por empresas como a Amil, experiências de prejuízos tremendos prejudicaram milhares de usuários de planos. Para Lígia, se continuar a trilhar o caminho atual, o sistema de saúde suplementar – e todo o sistema brasileiro de atenção à saúde – entra em colapso em um prazo máximo de cinco anos. “Temos que estar preparados, acabar com essa ancoragem da discussão de honorário em tabela e igualar os parâmetros para os sistemas público e privado de saúde”, afirmou.
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